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1968. O ano que não terminou para a música

Para mim, música e trabalho tem tudo a ver, uma vez que ela é capaz de mudar a dinâmica e o ritmo das coisas e, portanto, o sentido da comunicação entre as pessoas. De tempos em tempos, um estilo musical mexe com toda uma geração. Na Geração X, entretanto, a música popular começou o seu apogeu e isso fala muito da formação intelectual e humana daqueles que nasceram na década da contracultura e em plena era hippie. Os anos 60, é sabido, marcaram profundas mudanças sociais em todo o mundo. A ONU definiu que em 1968, por exemplo, se comemoraria o Ano Internacional dos Direitos Humanos. Que ironia: a Primavera de Praga irrompeu, a Guerra do Vietnã ainda corria solta e Martin Luther King foi assassinado, assim como Robert Kennedy. Não foi só isso. A Revolução de Maio estourou em Paris, a Passeata dos 100 mil no Rio foi um marco, assim como o conflito da Maria Antônia e a reunião clandestina em Ibiúna. Como se sabe, os movimentos contra a ditadura no Brasil pouco adiantaram: o Governo de Costa e Silva sancionou o AI-5 e mergulhamos em um dos maiores silêncios de nossa história. Paradoxalmente, em meio a "tanto barulho", algumas músicas pregavam a liberdade e nasciam para ecoar na eternidade, como estas que foram lançadas no ano em que comecei a minha travessia.
 
(>> para ouvi-las na íntegra é preciso que tenha uma conta no Spotify)
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