Um museu para as fake news?

O governo alemão está em uma sinuca de bico, segundo matéria do The New York Times assinada por Sarah Maslin Nir: o que fazer com a antiga casa de Joseph Goebbels, o arquiteto da propaganda nazista? Vender? Demolir? Deixar ruir? Transformar em um memorial melancólico? Nenhuma dessas opções parece satisfatória. E se, ao invés de fugir do passado, a Alemanha encarasse essa herança incômoda de frente? Minha sugestão: transformar a casa em um museu das Fake News.

Imaginem só: um espaço dedicado a expor os mecanismos da desinformação, da construção de narrativas perversas e da propaganda como ferramenta de manipulação. Um museu interativo, que nos faça questionar as "verdades absolutas", que nos ensine a identificar as armadilhas da comunicação enganosa, que nos blinde contra as fake news. Afinal, o mundo virtual potencializou a máquina de mentiras que Goebbels tão bem soube operar. Os exemplos pululam do Ocidente ao Oriente.

E já que estamos falando de #Comunicação, a cereja do bolo seria conectar esse novo museu ao já existente Museum für Kommunikation Berlin, a apenas uma hora de distância. Um roteiro completo, que nos faça transitar da comunicação da verdade para o universo da mentira, da manipulação e da distorção. Uma experiência poderosa, capaz de nos tornar mais críticos e conscientes nesse mundo saturado de informação – e desinformação. 

O que acha?