Como encontrar o equilíbrio na liderança participativa?
Uma das boas atitudes que tomei em minha carreira foi observar como os melhores líderes atuavam em relação a suas equipes. Independentemente do lugar onde esteja em uma organização, a visão pode ser amplificada e exemplos certamente serão encontrados em todos os níveis. O fato de ter frequentado a alta direção nos últimos vinte anos, no entanto, permitiu-me testemunhar como algumas lideranças agiam na tomada de decisão em momentos de maior tensão para os negócios ou mesmo quando as janelas de oportunidade se abriam.
Aprendi com chefes, pares, subordinados e mesmo com lideranças transversais à minha posição, que é possível definir uma estratégia eficaz para envolver equipes em projetos e processos internos no sentido dos caminhos a escolher, porque foi dessa forma que obtive os melhores resultados também.
Uma das premissas desse perfil de liderança é saber dosar a participação e deixar espaço para que os liderados contribuam. Isso pode ser um desafio, especialmente para aqueles acostumados a tomar todas as decisões. As observações que fui fazendo ao longo do caminho apoiaram-me na construção de um modelo simples de melhores práticas para encontrar o equilíbrio na liderança participativa:
Defina claramente os objetivos e metas da equipe, envolvendo cada um dos membros nesse processo.
Permita que os liderados contribuam com suas ideias e opiniões, valorizando essas contribuições e fazendo contrapontos necessários para eliminar riscos e estimular perspectivas que não estão sendo levadas em consideração.
Tome decisões de forma colaborativa, ouvindo sugestões ou críticas a fim de chegar a um consenso.
Delegue tarefas e responsabilidades de forma justa e equilibrada.
Mantenha uma comunicação permanente, de forma transparente e aberta, catalisando as informações relevantes para compartilhar com todos, uma vez que as ações individuais em um trabalho em equipe geram consequências que podem afetar o trabalho de cada uma das partes e possivelmente do todo.
A liderança participativa é um ótimo caminho para adotar em uma gestão, porque engaja, motiva e estimula o crescimento de todos. Além disso, estar apoiado na oxigenação de ideias dá fôlego para a quantidade de iniciativas que precisa ser administrada no dia a dia. O que não quer dizer que ela deva ser aplicada em 100% dos casos. Algumas situações específicas surgirão e a decisão unilateral será necessária. A solidão na liderança às vezes é um preço a pagar.
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