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As faces de Jekyll e Hyde nas águas do Rio Grande

Quanto mais os dias passam, mais nos aproximamos dos amigos do Sul. Não há como ignorar tamanha tragédia. Notícias e posts proliferam. Números de PIX, também. As enchentes, de proporções jamais vistas neste país, estão nos mostrando duas caras. Por um lado, a corrente incrível de solidariedade, com pessoas de todo canto se juntando para ajudar quem está sofrendo faltas, seja por meio de doações como pela presença para remover pessoas em situações de risco. A generosidade tem sido fundamental, especialmente agora que os caminhos bloqueados dificultam a chegada de suprimentos.


Por outro, o cenário se tornou um caldeirão fértil para a disseminação de fake news. Em tempos de incerteza, a desinformação floresce, alimentada por uma tendência lamentável, mas não exclusivamente brasileira, de explorar as adversidades para benefício próprio. Isso acontece pela informação plantada e também por meio de saques e atos de violência (não apenas perpetrados no estado). Essa realidade levanta questões críticas sobre como autoridades, empresas e a própria população, afetadas ou não, devem gerenciar a crise e combater a desinformação. Em meio ao caos, boatos e notícias falsas circulam livremente, criando mais pânico e confusão. 


Começa aí um grande desafio: como gerenciar essa dose de crise extra? A chave está em estar sempre um passo à frente, com planos de contingência prontos e uma comunicação clara e honesta. Preparar-se para problemas não é um traço do pessimista, mas do prudente. Ter tudo planejado para quando as coisas derem errado faz toda a diferença, permitindo uma resposta rápida e rigorosa. 


Isso minimiza danos e corta o caminho de quem tenta tirar vantagem do desespero estabelecido. Além disso, temos de ser vigilantes com as informações que recebemos e compartilhamos. Checar fontes e questionar a veracidade dos fatos são passos simples, mas que mantêm a qualidade e a precisão das informações que circulam. Vão me ver repetindo isso a vida inteira.


As enchentes do Sul estão nos ensinando uma lição valiosa: além de estender a mão para ajudar, precisamos manter os olhos e os ouvidos bem abertos, e sempre com o senso crítico aguçado. Essa luta interminável entre Dr. Jekyll e Mr. Hyde deve ser vencida com resiliência. Tiremos proveito de seus pontos fracos: Hyde sempre dependeu de Jekyll; a face sombria não tem controle sobre si mesma, sua identidade é obscura e se isola. Não vê a sua mentira quem não quer. 


O tempo sempre será o senhor da razão e a razão, a senhora da verdade. Planejar-se para o pior enquanto esperamos o melhor é cautela e a forma mais eficiente e inteligente de se proteger, sem obstáculos ou distorções. 


Você e sua empresa estão preparados para a próxima crise?



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