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30 anos sem Beco

Aguenta o pananã na televisão e a saraivada de posts. Há 30 anos morria Ayrton Senna. Ele só tinha 34. Hoje eu tenho certeza de que era um garoto. Nem tão mais velho do que eu, mas naquela época ele já ensinava e eu ainda aprendia. Perdíamos então uma referência de sucesso e foco, um cara que elevava a autoestima do País e tremulava a nossa bandeira a cada vitória.


É preciso voltar àquele contexto. Vínhamos de uma década economicamente terrível (outra, né?) e um sem-fim de planos que jogavam o Brasil no buraco (outro, né?).


Aquele 1994 só começou a dar certo porque Ayrton olhou por nós lá de cima, só pode ser. Em 1º de julho nascia o Plano Real e 16 dias depois a gente era Campeão do Mundo, nos Estados Unidos. O menino era do bem. Pensava em todos. Nelson Mandela virou presidente na África do Sul e o Prêmio Nobel da Paz foi concedido a Yitzhak Rabin e Shimon Peres, de Israel; e Yasser Arafat, da OLP, pelos esforços para criar paz no Oriente Médio. Quanta diferença, hoje!


Mas vamos falar do Ayrton, porque ele foi muito mais do que um fenômeno nas pistas. Era uma força da natureza e tinha uma visão diferenciada sobre as coisas de valor, provavelmente porque seu Milton e Dona Neyde educaram ele muito bem. Em casa é que as coisas começam.


Quem melhor do que o próprio Ayrton para explicar por que desperta tanta saudade.


 “Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si mesmo”


“Tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá"


"Meu maior erro? Acho que ainda está para acontecer".


“No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem-feita ou não faz”


"Uma maneira de preservar sua própria imagem é não deixar que o mundo invada sua casa. Foi um modo que encontrei de preservar ao máximo meus valores"


"Para ser honesto, não me sinto o maior ídolo brasileiro. Não me sinto uma pessoa tão importante assim para merecer uma festa durante uma noite toda no Brasil".


"O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras - acho que estou entre elas - aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação".


"O medo me fascina".


"Eu sou feliz. Serei plenamente feliz, talvez, se chegar com sabedoria aos 60 anos. De qualquer forma, ainda tenho muita vida pela frente". 😢 



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